domingo, 14 de outubro de 2012

Vacina Anti HIV esta em alta nos EUA


20/09/2012 - 15h

__Crédito fotográfico: Unaids

Mais de mil pesquisadores e ativistas se reuniram na semana passada em Boston, nos Estados Unidos, para a AIDS Vaccine 2012, uma das principais conferências de vacinas relacionadas à aids. Apesar das várias abordagens de prevenção já disponíveis no mundo, como o preservativo, a circuncisão e as profilaxias pré e pós-exposição, especialistas defenderam a criação de uma vacina preventiva contra o HIV. 

Nem as constatações de que uma vacina precisaria de muito tempo e dinheiro (EUA investiram 845 milhões de dólares em 2011 e não encontraram um produto com grande eficácia) para ser descoberta e que o tratamento já mostra eficácia na prevenção do HIV tiram da cabeça dos participantes da Conferência a importância de um instrumento para imunizar às pessoas do HIV.

"Sabemos que os antirretrovirais reduzem drasticamente a probabilidade de transmissão do vírus da aids, e esta estratégia tem que ser adotada urgentemente e de maneira generalizada em todo o mundo, mas isto não é um substituto para uma vacina preventiva. Precisamos de uma vacina que nos ajude na prevenção de novos casos do HIV", disse Myron Cohen, professor da Universidade da Carolina do Norte e líder do estudo internacional para uma vacina contra o HIV HPTN 052.

Tipos de vacina

Conforme explica o boletim Vacinas, uma publicação do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), de São Paulo, à existência de uma vacina preventiva anti-HIV pode levar à erradicação da aids, como já aconteceu com a varíola. Para isso, o produto usado na vacina deve ser capaz de produzir uma reação no sistema imunitário suficiente para neutralizar, eliminar ou controlar o HIV.

A vacina pode ser preventiva, para pessoas sem HIV. Nesse caso, ao entrar em contato com o HIV, o organismo já teria uma resposta imunitária para controlar o vírus. As vacinas contra a varíola ou contra a pólio são exemplos bem-sucedidos. Ela também poderia ser terapêutica, para as pessoas com HIV com o objetivo de neutralizar o vírus após reação do sistema imunitário. Em Recife houve uma pesquisa de uma vacina terapêutica.

Mais de 60 vacinas já foram experimentadas em todo o mundo, seja em Fase I ou II (antes do teste em larga escala, com muitas pessoas). Já houve duas pesquisas de Fase III na Tailândia e nos Estados Unidos, envolvendo 7.500 voluntários, que chegaram a resultados negativos. Mas mesmo assim muito se aprendeu com estes testes.

Em 2009, a pesquisa RV144 feita na Tailânda e que testou a combinação de dois produtos obteve uma resposta modesta, por volta de 31%, de prevenção ao HIV. No entanto, ela encontrou importantes informações sobre como o sistema imunológico reage ao HIV.

“Nosso conhecimento hoje é mais sofisticado e está aumentando cada vez mais, o que nos dá uma possibilidade maior de obtermos sucesso num produto mais eficaz para uma vacina”, afirma Glenda Gray, professora da Universidade sul-africana de Witwatersrand e diretora da Rede de Pesquisas para uma Vacina contra o HIV na África.

Hoje, há apenas um ensaio clínico para uma vacina contra o HIV em andamento, o HVTN 505. Os testes estão sendo feitos nos Estados Unidos com homens que fazem sexo com homens e transgêneros.

Algumas pesquisas estão sendo planejadas, incluindo três ensaios que já mostram bons resultados na África do Sul e na Tailândia, mas estes não devem ter os testes retomados antes de 2014.

Brasil

No Brasil há centros nacionais de pesquisas de vacinas anti-HIV em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em maio, quando no dia 18 é celebrado o Dia Internacional de Conscientização por uma Vacina Anti-HIV, o movimento de Articulação Nacional de Luta contra a Aids (Anaids) enviou ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Frente Parlamentar de Combate ao HIV e Aids e a outros integrantes do governo federal, uma carta solicitando intervenção durante a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentária e do Orçamento da União para o investimento em pesquisa de diversas áreas ligadas ao HIV e aids. 

O documento, assinado por 36 ativistas e representantes de grupos, Fóruns e Conselhos na área da saúde, pede uma vacina contra o HIV e aids, que seria essencial para reduzir os mais de 12 mil casos de mortes em decorrência da aids por ano no Brasil. “É como se a cada dia um ônibus com 32 pessoas sofresse um acidente fatal... O uso do preservativo continua sendo a medida de prevenção mais importante neste campo, mas depois de vários anos comprava-se insuficiente para um controle mais profundo da epidemia”.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias orienta a elaboração e execução do orçamento anual e trata de vários outros temas, como alterações tributárias, gastos com pessoal, política fiscal e transferências da União.

Redação da Agênica de Notícias da Aids com informações od Unaids

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